terça-feira, 15 de junho de 2010

O LIXO NOSSO DE CADA DIA

“Seja você mesmo a mudança que espera ver no mundo.”
Mahatma Ghandi
Nos grandes centros urbanos se congrega uma grande quantidade de pessoas que vivem, trabalham e que consomem uma gama enorme de produtos e serviços que são gerados através das mais variadas atividades econômicas: comércio, indústrias, instituições educacionais, estabelecimentos hospitalares, construções, escritórios, transporte, atividades de lazer, etc.
A crise por que passa atualmente meio ambiente tem levado a uma redução na qualidade de vida das pessoas, principalmente aquelas residentes nos grandes centros urbanos. Nem sempre estas áreas são assistidas de forma adequada por parte dos poderes públicos, e que, por outro lado nota-se uma carência ou deficiência de informação e de educação geral e ambiental das pessoas no tocante ao tratamento adequado que deveriam dispensar ao lixo. O lixo na verdade não existe: ele pode ser definido como um objeto ou material que nós não utilizamos em sua plenitude e que demos a ele um local inadequado: caixotes de madeiras, pedaços de móveis, portas, janelas, papelão, poda de árvores, sobra de alimentos, sacos e garrafas plásticos, jornais, papéis em geral, entulho de construções etc. Todos estes objetos e também anúncios de propaganda são facilmente encontrados diariamente, com maior ou menor freqüência e intensidade nas nossas ruas e avenidas.
Os resíduos ou como chamamos costumeiramente o lixo tende a aumentar na medida em que as pessoas passam a consumir mais produtos e serviços. Neste caso, aumenta consideravelmente o descarte de mais resíduos em forma de caixas de papelão e de madeira, embalagens e sacolas plásticas, papel para embrulho, embalagens de vidro, alumínio, e em volume muito maior, a sobra de alimentos.
E é este fato que nos chama a atenção e deve nos levar a uma reflexão sobre nossa maneira de lidar com estes resíduos através de uma mudança de hábitos no nosso dia-a-dia. Escolher produtos que gerem menos lixo! Não precisamos deixar de ir às compras para ter menos lixo nas nossas vias públicas. O que nós devemos fazer é prestar muita atenção qual o destino que vamos dar para o pedaço de papel que está em nossas mãos naquele momento, com aquela propaganda que acabamos de receber das pessoas que nos entregam nas calçadas. Será que é certo fazer dele um aviãozinho e jogar no passeio ou amassar e jogar na calçada? O que é lixo para nós poderá não sê-lo para outrem. Uma caixa vazia de papelão ou de sapato poderá ser lixo para o lojista ou funcionário, mas poderá servir para uma pessoa que está exatamente à procura daquele objeto para colocar algo dentro dele. E assim vale para outras coisas de maior volume como o guarda-roupas, caixas de madeiras e de papelão, tábuas, cadeiras, mesas, pedaços de ferro, barbantes, fios, arames, etc.
Se mantivermos a nossa cidade limpa, que é um dever de todo cidadão, as pessoas podem sentir-se mais felizes e alegres, com o astral elevado. As pessoas poderiam ter mais prazer em sair às ruas e estariam desta forma mais propensas a consumir mais, aumentando as vendas. Nesta caso, todos sairiam ganhando! Afinal, quem não quer ver a nossa casa limpa e bonita e também as vias públicas de nossa cidade?
Se cada proprietário, cada funcionário, cada cidadão e cidadã adotando bons hábitos no local de trabalho ou onde estiver presente, tiver consciência do importante papel que desempenha dentro da nossa sociedade, temos certeza que nossa cidade irá mudar (para melhor) de cenário, e todos nós seremos mais felizes e passaremos a gostar e a cuidar melhor dela. Primeiro vamos fazer a nossa parte e depois vamos cobrar do poder público!
Acreditamos piamente que a questão ambiental deverá estar sempre presente e com destaque no programa dos candidatos do PSB, principalmente nas eleições de 2010.
Deve-se reforçar a necessidade de intensificar as ações da Educação Ambiental nas Instituições Educacionais, nas Empresas, durante os cultos nas Instituições Religiosas, na Sociedade Civil Comunitária, nos Clubes de Serviços e Esportivos, etc. O aproveitamento de água de chuva, a reciclagem, o consumo consciente, evitar o desperdício de alimentos, a doação de materiais que não se utiliza mais, plantar árvores , evitar ao máximo o corte de árvores, economia de água, de energia são alguns exemplos de ações que devemos praticar cotidianamente. Por sua vez, a mídia deve continuar a divulgar as boas práticas ambientais para que possam valorizar as pessoas que estão “jogando limpo” com o meio ambiente e que sejam estímulos para outras pessoas seguirem o mesmo caminho.

Professor/Ambientalista Zenobio Eloy Fardin
PSB-Cariacica
E-mail: zenobiofardin@gmail.com.

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